Onimusha 2 Samurais DestinyOnimusha 2 Samurais Destiny

Onimusha 2, lançado em 2002 para o Playstation 2, emprega melhorias em relação ao primeiro game mas mantém o esquema de controles similar ao game de estréia de Samanosuke, com movimentação ainda restrita ao D-Pad.

Contando agora com uma cidade em que o jogador pode interagir com outros personagens e um sistema de presentes, Samurai’s Destiny foi um sucesso no Japão mas teve vendas fracas na Europa. O segundo game foi desenvolvido juntamente com o primeiro, lançado no ano anterior, e conta com Keiji Inafune, pai de Megaman, como produtor, tendo atuado como designer de Warlords. Existe um foco maior em aventura e exploração do que no primeiro game.

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Jubei e Oyu, uma das personagens de suporte. Fonte Moby Games.

Enredo e Novo Protagonista

Samurai’s Destiny, apesar de dar sequência aos eventos do primeiro game, apresenta um novo protagonista, Jubei Yagyu. A narrativa ainda se passa no Japão medieval 10 anos após o primeiro game e coloca Jubei em uma jornada de vingança contra Nobunaga, responsável pela destruição da vila do samurai e de seu clã.

Após os eventos de Warlords, Nobunaga assumiu o controle do exercito Genma e começou a marchar pelo Japão com o objetivo de conquistar todo o território, destruindo tudo o que ficar em seu caminho. Um dos obstáculos era justamente a vila de Jubei, que acabou completamente destruída pelas forças do General. Ao encontrar a vila em destroços e tentar procurar o culpado, Jobei descobre ser integrante do clã Oni, uma antiga raça que batalha contra os Genma mas que sofreu uma grande derrota durante o último conflito, e tem seus poderes despertos por uma figura misteriosa.

Munido de novas habilidades, um arsenal de armas mágicas e aliados que encontra durante o game, Jubei passa a enfrentar as forças do general até eventualmente encontrar Nobunaga e por um fim em suas ambições.

O visual de Jubei foi baseado em um famoso ator Japonês chamado Matsuda Isaku.

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Jubei e Matsuda Isaku (1949-1989). Fonte VGfacts.com

Combate

Onimusha 2 emprega um sistema de combate similar ao primeiro game mas faz algumas adições à formula.

Jubei pode usar ataques normais e mágicos, bloquear golpes de inimigos, usar arco e flecha e um antigo mosquete, assumir guarda e correr pelo cenário. Enquanto em guarda é possível executar movimentos de esquiva ao usar o D-Pad. Em adição ao movimentos listados, Jubei pode executar um “Issen”, poderoso contra ataque desferido quando o inimigo está para atacar o jogador. O golpe pode eliminar de uma vez inimigos normais ou grandes grupos, caso o jogador esteja cercado.

Os ataques mágicos variam conforme a arma que o jogador tem equipada. Cada arma em questão é associada a um elemento, sendo eles, raio, vento, gelo e ar. Além de servirem para dar cabo dos inimigos de formas mais efetivas, cada arma é necessária para desbloquear passagens durante a jornada de Jubei.

Os famosos Orbs estão de volta com basicamente as mesmas funções do antes. Vermelhos são usados para melhorar armas, azuis recuperam, amarelo recuperam HP e agora existe um terceiro tipo, os roxos, responsáveis por desbloquear um transformação para Jubei. Ao coletar 5 dos novos orbs, o samurai pode temporariamente acessar sua forma Onimusha, ficando temporariamente invencível, quanto ao uso de HP, e mais poderoso. Orbs vermelhos também podem ser usados para melhorar a armadura do personagem.

As cincos esferas na barra representam a transformação na forma Onimusha. Fonte Moby Games.

Com relação aos ataques normais, o guerreiro pode aprender algumas variações para as armas que encontra mas os novos movimentos dependem de o jogador encontrar documentos que descrevem as novas técnicas. Tais documentos podem estar escondidos em baús ou ser resultado da troca de presentes com outros personagens.

Presentes para Alidados

Uma das novidades adicionada na saga de samurais da Capcom foi o sistema de troca de presentes. Durante o início do game e em alguns encontros durante a jornada, é possível trocar presentes com um grupo de personagens secundários. Cada troca dá um item novo ao jogador e melhora o nível de amizade com tais personagens, fazendo com que eles ajudem o jogador em certos pontos e ditando o rumo da narrativa.

O contato maior com esse sistema acontece no durante a parte inicial do game já que o jogador fica um tempo a cidade de Imashu e pode comprar itens na loja local e facilmente encontrar personagens para iniciar a troca de presentes.

A recepção de Onimusha 2

Onimusha 2 – Samurai’s Destiny foi um sucesso comercial no Japão mas teve vendas fracas na Europa, o que tentaria ser corrigido com o lançamento de Demon Siege em 2004. O game melhora muito a formula apresentada na primeira aventura de Samanosuke e consegue se manter bem apesar de ter sido desenvolvido juntamente com o primeiro, o que explica a janela pequena de lançamento entre os dois.

O foco maior na aventura mas sem deixar a ação de lado foi elogiado por críticos na época do lançamento, assim a melhoria nos gráficos e sua apresentação geral. O enredo, centrado em uma narrativa de vingança, foi considerado como clichê para alguns e até mesmo similar ao primeiro game. A troca de presentes também foi alvo de críticas como sistema de relacionamento entre os personagens e não as ações do jogador.

Uma adição que caiu bem foi o conteúdo pós-jogo, muito maior do que o presente no game anterior. Agora existem mini-games, roupas adicionais, modos extras e, assim como no anterior, uma arma adicional. Para liberar os extras é preciso terminar o modo principal com um certo desempenho ou executando certas tarefas. Existe até mesmo um modo em que a única forma de eliminar os inimigos é executar o Issen.

O game movimentou, até 2008, 1.9 milhões de cópias pelo mundo, sendo ele e seu predecessor grandes sucessos.

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