Lifeline

Como você joga seu game favorito ? Usa um controle normal ou um algo mais especial ? Console ou PC ? Hoje em dia, graças os inúmeros avanços em tecnologia, temos formas cada vez mais diferentes e únicas de jogar. Controles diferentes, funções inovadoras ou mesmo ideias novas para os próprios consoles não são incomuns (vide o histórico da Nintendo, por exemplo). Um game lançado no começo dos anos 2000 para o Playstation 2 fez uso de um recurso inovador para a época: usar a voz do jogador para ditar ações que os personagens tomariam durante o desenrolar da trama.

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Capa de Lifeline. Créditos: MobyGames

O enredo e como o uso da voz se encaixa

Lifeline se passa em uma estação espacial, mais especificamente durante uma festa para inaugurar um hotel construído na estação. A festividade seguia sem mais problemas até que uma invasão começa a acontecer. Monstros/aliens começam a tomar o local e a atacar tudo e todos pelo caminho. Normalmente este é o ponto em que assumimos o controle do(a) protagonista e começados a lutar com a força invasora e salvar a estação mas é ai que a coisa muda um pouco de figura.

Nosso protagonista fica preso na sala de controle da estação espacial durante o caos da invasão. Enquanto isso, em algum ponto da estação, uma garçonete, Rio, é colocada em uma cela de detenção para que fique protegida do ataque. Eventualmente nosso protagonista consegue estabelecer contato com Rio e os dois começam a tentar entender o que aconteceu com a estação e o que são as coisas atacando todo mundo.

Agora você deve estar pensando: se o protagonista está preso na sala de controle, como o jogo funciona ? Eu apenas controlo a estação e tento mitigar os efeitos do ataque ? É aqui que Lifeline apresenta seu novo recurso. Rio, a garçonete, e nosso protagonista estão em contato constante de rádio durante o jogo. Graças a tal contato, o jogador pode passar comandos de voz pré-definidos para que Rio execute ações durante a aventura. Os comandos incluem,por exemplo, investigar itens, interagir com outros personagens e apenas conversas entre Rio e o jogador. Até mesmo nas lutas é possível dizer onde e qual inimigo golpear. “Tudo bem, temos jogos hoje que tem esse recurso. Qual a novidade ?” deve ser o pensamento em sua cabeça agora. Claro, temos exemplos da função de voz sendo usada em games como “Welcome to the game 2” mas consegue imaginar a mesma coisa sendo usada em 2002/2003 ?

Muito mais coisas são reveladas durante o desenvolvimento dos eventos do jogo mas relatar tudo aqui estragaria a experiencia para alguns, mesmo sendo um game MUITO antigo. Recomendamos que veja alguns vídeos para ter uma parte da experiencia que o game pode oferecer. Quem sabe até não exista uma forma mais simples de joga-lo hoje em dia.

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Exemplo do que era preciso, além do controle, para jogar LIfeline. Link para fonte.

Recepção e críticas

Lifeline foi elogiado por apresentar o recurso de voz como diferencial mas criticado pela funcionalidade e aplicabilidade real da função. Era preciso tempo para entender a velocidade de fala e clareza de pronuncia que o jogo entendia, o que causou um certo nível de frustração aos jogadores. Apesar disso, o game é bastante divertido e elogiado por fãs, sendo considerado um clássico do survivor horror.

Lifeline, ou Operator’s Side como é conhecido no japão, foi um survivor horror lançado para Playstation 2 em 2002 no Japão e 2003 na América do Norte que apresentou uma mecânica nova e mostrou o potencial que games tem para criarem novas formas de interação entre jogador e jogo. É o caso de ideia que funcionaria muito bem hoje em dia se fizer uso de tudo que foi desenvolvido no campo do reconhecimento de fala para melhorar o uso da voz e quem sabe até expandir o número de interações que fazem uso desse recurso. Acha que funcionaria hoje ?

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By Rodrigo Escobar

Criador e redator do site NPC Games. Videogame faz parte da minha vida desde sempre. Agora transformei uma paixão em uma profissão, divulgando jogos, informações e curiosidades sobre jogos e consoles.

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